quarta-feira, junho 15

Resposta do Economista do IPEA à TX sobre o Estado do Tapjós

Para começar, os R$ 2,5 bilhões de reais calculados pelo Sr. Evaldo Viana são uma estimativa completamente irrealista, visto que o Estado do Pará como um todo recebeu a título de FPE em 2010 R$ 2,385 bilhões (ver planilha oficial da STN em anexo). Como poderia o futuro Estado do Tapajós sozinho, contando com pouco mais do que 10% da população do Pará inteiro receber mais FPE? Impossível.

As receitas que calculei foram baseadas na arrecadação atual do Pará, onde as rateio segundo a população e o PIB dos municípios que formariam (ou formarão) o Estado do Tapajós. As estimativas de gastos foram obtidas de acordo com metodologia por mim desenvolvida no seguinte texto para discussão http://www.ipea.gov.br/082/08201008.jsp?ttCD_CHAVE=2966.

Gostaria que o senhor soubesse que não sou paraense e não tenho nenhum interesse pessoal na criação ou não do Estado do Tapajós. Fiz este trabalho a pedido do então Presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia.

Por outro lado, entendo os anseios da população local por melhorias nas sua  condições de vida, bem como sei que tal população é frequentemente negligenciada pelo governo estadual. No entanto, a criação de um estado novo implica gastos vultuosos para toda Federação e é uma forma muito cara de se fazer os recursos chegarem a quem realmente precisa.

Atenciosamente,

Rogério Boueri
DIRUR - IPEA

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